Dom Antônio Possamai defende na OAB cargos sem salários para legisladores
Representando a Arquidiocese de Porto Velho no Ato Cívico pela Ética na Política e de Combate a Corrupção Eleitoral, realizado na última sexta-feira (30), por iniciativa da Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RO), o bispo dom Antônio Possamai, defendeu, num breve discurso, a inclusão no projeto de reforma política da previsão de não remuneração para os políticos.
?Espero que um dia, entre tantos projetos populares, este venha a ser causa de um plebiscito. O ideal é que nossos legisladores vivam de sua profissão e não dos elevados salários que aprovam para si, em geral, nas horas da madrugada?. A idéia é a mesma já lançada e defendida pelo presidente da Seccional da OAB, Hélio Vieira.
Sobre o Ato Cívico pela Ética na Política realizado pela OAB Rondônia, Dom Antônio Possamai falou da necessidade de se repeti-lo em cada eleição e parabenizou a advocacia rondoniense pela iniciativa. ?A realidade que vivemos hoje é de decepção com a democracia formal, devido à desconfiança na palavra e na prática dos agentes políticos?, justificou, acrescentando que, ?diante desta realidade, devem acontecer mudanças na prática, na conduta ética e na defesa e promoção da vida plena do outro?.
Dom Antônio advertiu aos candidatos que forem eleitos para a necessidade de se manter a conduta ética. Esse compromisso, segundo o bispo, deve perdurar mesmo após as eleições, se fazendo presente em todas as ações públicas e em todos os momentos da administração, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos.
Aos candidatos ao legislativo estadual e federal, Dom Antônio disse esperar uma correta fiscalização das ações do Executivo e bom senso na hora de legislar. ?Não merece o voto quem entra na política apenas para resolver os próprios problemas?, reiterou.
Ao discursar, o presidente da OAB referiu-se ao discurso de Dom Antônio Possamai, lembrando aos eleitores uma frase da bíblia sagrada que afirma serem eles (os eleitores) os responsáveis por separar o ?joio do trigo?. ?Quem vota tem o poder de decidir que tipo de político teremos na gerência do Estado?, ressaltou.
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