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A ignor?ncia por escolha

Data da notícia: 2023-11-14 09:30:54
Foto: Assessoria

? nato ao ser humano compartilhar informa??es ?teis ou, simplesmente, para entretenimento, desde o cap?tulo da novela ? descoberta de um planeta habit?vel na estrela mais pr?xima de n?s, passando pela import?ncia do novo Missal cat?lico.

H? tamb?m muitas pessoas com opini?o para tudo, julgam-se capazes de distinguir o Bem, o Bom e o Certo e orientar os demais, ou seja, arrogam- se saber, a J? conhecida arrog?ncia. E alguns se julgam conhecedores profundos, n?o conseguem enxergar a pr?pria ignor?ncia, ? o Efeito da Superioridade Ilus?ria, como muitos radicais pol?ticos e religiosos.

Mas tem outro tipo de pessoa que opta pela ignor?ncia, evitam informa??es sobre as consequ?ncias negativas de suas a??es, pensam apenas nas suas vantagens pessoais. ? o que trata do artigo ?Ignor?ncia por Escolha: Uma Revis?o Meta-Anal?tica das Motiva??es Subjacentes da Ignor?ncia Volunt?ria e Suas Consequ?ncias? de Linh Vu e outros cientistas.

Conhecido como ignor?ncia volunt?ria (Dana, 2007 e outros papers), ? um comportamento que reduz o altru?smo. Por exemplo, os consumidores podem evitar informa??es sobre o processo de produ??o das mercadorias que compram (Ehrich & Irwin, 2005), como os t?nis daquela marca. Da mesma forma, os cidad?os frequentemente relutam em informar-se sobre as mudan?as clim?ticas para que n?o sintam a obriga??o de mudar seu estilo de vida (Stoll-Kleemann, 2001).

A ignor?ncia volunt?ria tamb?m facilita a corrup??o na pol?tica e nos neg?cios. No esc?ndalo Watergate, muitos mostraram uma f? intensa no poder imunizante da ignor?ncia deliberada e no julgamento da Enron, o maior caso de corrup??o na hist?ria dos EUA, o conceito de ignor?ncia volunt?ria desempenhou um papel fundamental na senten?a dos principais executivos (Simon, 2005).

Compreender seus impulsionadores (drivers) e consequ?ncias ? vital, dados os resultados prejudiciais que se observa. A ignor?ncia volunt?ria foi estudada na psicologia, sociologia, economia, neg?cios, direito, filosofia e ci?ncia pol?tica. E este trabalho sintetizou empiricamente a evid?ncia existente.

As pesquisas anteriores abordaram resultados monet?rios, do ego?smo ou altruismo, e preocupa??es com efici?ncia, equidade ou desigualdade. Resultados das meta-an?lises e an?lises de doa??es de caridade nos Estados Unidos e na Gr?-Bretanha sugerem que as mulheres s?o mais altru?stas do que os homens. E o altru?smo aumenta com a idade.

Descobriu-se que os idosos mais frequentemente doam todo o seu patrim?nio, os participantes de meia-idade doam metade de seu patrim?nio, e os estudantes s?o os mais propensos a n?o doar nada. Teoricamente, as pessoas mais jovens s?o mais centradas em si mesmas do que as pessoas mais velhas, devido ? sua falta de recursos ou sua perspectiva diferente sobre o tempo.

No geral, a meta-an?lise testou as previs?es feitas pela teoria da ignor?ncia volunt?ria e determinou a robustez desse comportamento avaliando como moderadores relevantes moldam as motiva??es altru?stas ou a busca de desculpas. O que os olhos n?o veem, muitos sentem...

Fonte: Mario Eugenio Saturno




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