Jornal Correio Popular Notícia


Inclus?o alimentar sem desculpas

Data da notícia: 2023-11-29 18:09:44
Foto: Assessoria

Para a agropecu?ria brasileira, uma das maiores produtoras mundiais de alimentos, ? preocupante constatar que, no seu mais recente relat?rio Perspectivas da Economia Mundial, de abril deste ano, o Fundo Monet?rio Internacional (FMI) aponte que ?a escalada dos pre?os globais da comida em 2022 desencadeou uma crise de custo de vida em muitos pa?ses, muitos dos quais seguem enfrentando uma grave inseguran?a alimentar?. Cabe alertar que a persist?ncia do problema compromete o Objetivo de Desenvolvimento Sustent?vel de acabar com esse flagelo humano at? 2030.

? preciso analisar de modo objetivo e franco as raz?es do problema, inclusive no Brasil. H? de se considerar, ? verdade, as sequelas socioecon?micas da pandemia, a guerra entre R?ssia e Ucr?nia, que dificulta e encarece o com?rcio internacional de fertilizantes, e outros fatores que levaram a um aumento do pre?o m?dio global dos alimentos. No entanto, as maiores e mais graves causas s?o o desemprego e a exclus?o social.

Por mais que ajudem, os necess?rios programas de renda m?nima, como o Bolsa Fam?lia, a??es filantr?picas e iniciativas oficiais de apoio humanit?rio de organiza??es nacionais e multilaterais jamais ser?o suficientes para acabar com a mis?ria e todas as suas danosas consequ?ncias, dentre as quais a mais grave ? a fome. A situa??o somente ser? atenuada e paulatinamente solucionada pelo crescimento econ?mico sustentado.

Promover tais avan?os ? miss?o priorit?ria da humanidade. Em nosso pa?s, a retomada de patamares mais elevados de crescimento do PIB depende de v?rias medidas voltadas ? redu??o do famigerado ?Custo Brasil?. Nossos setores produtivos s?o onerados em R? 1,5 trilh?o por ano na compara??o com a m?dia das na??es da OCDE (Organiza??o para a Coopera??o e Desenvolvimento Econ?mico), segundo estudo do Boston Consulting Group e entidades de classe.

Felizmente, est?o em curso algumas iniciativas capazes de melhorar a competitividade da economia nacional, como a reforma tribut?ria aprovada na C?mara dos Deputados. Contudo, depois de mais de 30 anos de espera, ? fundamental que seja votada rapidamente no Senado e, al?m disso, n?o aumente a carga de impostos, simplifique e barateie os procedimentos arrecadat?rios e estabele?a isonomia entre todos os setores de atividade, com exce??es muito pontuais e justific?veis, como menor taxa??o da cesta b?sica.

Outra medida premente ? a reforma administrativa, que n?o pode ser relegada a segundo plano, pois ? t?o necess?ria quanto a tribut?ria. O Estado ? muito caro para a sociedade e n?o lhe devolve, na propor??o e qualidade devidas, os altos impostos que arrecada. Mostra-se ineficiente em v?rias atividades, atende aqu?m da qualidade necess?ria os setores da sa?de e da educa??o e tem baixa produtividade. Por isso, precisa ser modernizado, tornando-se menos dispendioso para os contribuintes e mais capaz de estimular o fomento econ?mico, em vez de emperr?-lo. Todos os envolvidos devem pensar no interesse do Pa?s.

tamb?m foi importante a aprova??o do arcabou?o fiscal, pois os brasileiros n?o podem continuar financiando o d?ficit p?blico com o suor do seu trabalho. Necessitamos, ainda, de juros menores, melhor infraestrutura de transportes, mais seguran?a jur?dica e combate eficaz ? criminalidade, que ceifa vidas, onera os custos das empresas e fam?lias com medidas protetivas, desestimula investimentos e prejudica o turismo, importante fonte de divisas.

n?o cabem desculpas e subterf?gios. A inclus?o alimentar ampla somente ser? poss?vel com milh?es de empregos, gera??o e distribui??o de renda. Para viabiliz?-los, precisamos remover todos os entraves que abalam o n?vel de investimentos produtivos e a competitividade da economia brasileira. E isso ? urgente.

Fonte: Jo?o Guilherme Sabino Ometto




Compartilhe com seus amigos:
 




www.correiopopular.com.br
é uma publicação pertencente à EMPRESA JORNALÍSTICA CP DE RONDÔNIA LTDA
2016 - Todos os direitos reservados
Contatos: redacao@correiopopular.net - comercial@correiopopular.com.br - cpredacao@uol.com.br
Telefone: 69-3421-6853.