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ARTIGO
Meu livro “CrediSIS JiCred Construída Por Muitas Mãos”

Data da notícia: 2024-12-27 18:18:42
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Houve um tempo em que escrever do próprio punho significava que o texto precisava ser redigido à mão, sem a ajuda de uma máquina de escrever ou computador. Mas na era da inteligência artificial, a IA, esse conceito mudou, ao menos, agora, se aceita que a mat?ria, crônica, artigo ou mesmo livro sejam produzidos em um desses equipamentos, sem que sejam criados por um software que simula a capacidade criativa.

Em um universo em que, aparentemente, pouco se lê, produzir obras literárias autênticas é uma iniciativa corajosa, mas também desafiadora.

Chego aos 60 anos, 35 de profissão, consciente da transformação que o mundo digital tem feito em todas as áreas do conhecimento. E no jornalismo e na literatura, não é diferente. E confesso: sequer tinha ouvido a palavra “etarismo”, at? ser alvo contínuo da discriminação.

Foi a minha experiência profissional, e não o etarismo, e a dedicação em preservar a memória rondoniense, que me possibilitaram participar do projeto de “25 anos da CrediSIS JiCred”, que não se limitou ao livro “CrediSIS JiCred Construída Por Muitas Mãos”, mas também em uma série de entrevistas gravadas em vídeos que servirão para a produção de um documentário e conteúdo motivacionais para gerações seguintes.

Ao apresentar o roteiro à direção da cooperativa de crédito ji-paranaense (que há muito ultrapassou os limites do município e as divisas do estado de Rondônia), estava consciente dos pontos de informação que precisavam ser atingidos para que o projeto fosse realizado com os pés no passado e o olho no futuro. Perspectiva que também usei no meu livro de 1998: “Os Supermercados em Rondônia”.

Ele conta as trajetórias dos supermercadistas rondonienses e foi preciso percorrer de Vilhena a Guajará-Mirim, para ouvir as histórias (enriquecedoras) de quem ajudou a implantar o sistema de autosserviço aqui. Mas o tempo passa e as memórias ficam, e preservá-las tem sido mais que um ofício. Por isso, minha gratidão à direção da CrediSIS JiCred em criar o “centro de memória” da instituição, do qual tive a honra de participar.

Durante quase um ano, acompanhei e me fiz acompanhar de uma equipe jovem, talentosa e (desde cedo) consciente da missão de trabalhar para a preservação da memória. Um livro não surge de um dia para o outro. É preciso tempo, muito trabalho e investimento. E no último dia 17 de dezembro, a obra chegou às mãos dos cooperados e, em breve, das escolas públicas. Espero que ela se torne referência tanto para os leitores quanto para a comunidade.

A IA é um caminho sem volta e, apontam especialistas, estará mais presente em nossas vidas. Cabe a nós, estimularmos a escrita e a leitura, para que não tenhamos livros sem autores e textos sem leitores. E sobre o etarismo, ele vem, justamente, de quem não a gente menos espera, de quem, um dia, espera ocupar um espaço que alguns profissionais levaram décadas para conquistar.

Fonte: Jairo Ardull, jornalista e escritor




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