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POLÍTICA
Marcos Rocha decide permanecer em Israel

Data da notícia: 2025-06-16 19:12:19
Foto: Secom/Arquivo/Divulgação
Mesmo com o país em guerra, o governador rondoniense decide ficar em Israel em meio a denúncias de espionagem política

O governador Marcos Rocha (União Brasil), afirmou, em vídeo divulgado hoje (16), que optou por permanecer em Israel, onde está desde o início da escalada do conflito com o Irã, e não tem previsão de retorno ao Brasil. A declaração ocorre em meio a uma crise política e administrativa que abala gestão dele, com denúncias envolvendo a Casa Civil e suspeitas de espionagem contra adversários políticos.

Segundo Marcos Rocha, dois grupos distintos de brasileiros estavam em visita oficial a Israel, quando teve início o confronto entre Israel e Irã. Um deles, formado por prefeitos, deixou o país por via terrestre, com apoio do governo brasileiro, passando pela Jordânia. Eles serão trazidos de volta ao Brasil em avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

O outro grupo, composto pelo próprio governador e comitiva, que inclui, entre outros, a chefe de agenda e chefe de mídias do governo rondoniense, decidiu permanecer em Israel, mesmo diante da instabilidade.

Rocha justificou a permanência dele alegando que “deu prioridade” aos prefeitos, muitos dos quais estariam “doentes ou precisando de medicamentos”, o que, segundo apuração, não condiz com a realidade. Nenhum dos integrantes da comitiva de prefeitos relatou qualquer problema de saúde ou necessidade médica que justificasse tal alegação.

A postura do governador vem gerando forte repercussão negativa, sobretudo diante do agravamento da crise institucional no estado. Em Rondônia, o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) defendeu publicamente a demissão do chefe da Casa Civil, Elias Rezende, e denunciou a existência de um suposto esquema de espionagem política operado a partir da estrutura do governo.

Além disso, as denúncias feitas pelo ex-secretário da Casa Civil, Júnior Gonçalves, e pelo deputado estadual Marcelo Cruz levantaram suspeitas sobre o uso indevido de agentes da Polícia Civil para monitoramento ilegal de opositores.

A permanência prolongada do chefe do executivo fora do país, em meio a esse cenário, aumenta o desgaste político do governo estadual, que ainda enfrenta sérios problemas na saúde pública, especialmente no Hospital João Paulo II.

Enquanto Marcos Rocha continua abrigado em território israelense, sem previsão de retorno, os rondonienses aguardam esclarecimentos sobre os gastos da viagem – já estimados em R$ 430 mil entre passagens e diárias.

Fonte: Tudorondonia




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