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POLÍTICA
Alero debate sobre clima e caça de tartarugas de água doce

Data da notícia: 2025-10-01 18:38:28
Foto: Thyago Lorentz/Divulgação
Comissão de Meio Ambiente promoveu audiências públicas itinerantes para debater o zoneamento do estado

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero), presidida pelo deputado Ismael Crispin (MDB), promoveu , neste ano, audiências públicas itinerantes para debater a revisão do Zoneamento Socioeconômico e Ecológico do Estado (ZSEE). Segundo o deputado Ismael Crispin, essas audiência reuniram moradores, produtores rurais, entidades ambientais e lideranças locais para discutir critérios e impactos, de forma a equilibrar a preservação ambiental e a atividade econômica do lugar.

Em meio a um cenário em que a beleza natural contrasta com os desafios ambientais, o Vale do Guaporé, na fronteira com a Bolívia, enfrenta um fenômeno preocupante que é o atraso na desova das tartarugas-da-Amazônia. Da espécie “Podocnemis Expansa”, esse é o maior quelônio de água doce da América do Sul e um dos símbolos da biodiversidade brasileira.

A região é considerada o maior berçário de tartarugas de água doce do Brasil e um dos maiores do mundo.

Segundo levantamento de dados, o atraso na desova está relacionado a um conjunto de fatores, entre eles a mudanças climáticas (como chuvas fora de época); queimadas ilegais e a fumaça, que alteram a temperatura das praias de desova; a subida do nível do rio Guaporé, que alaga os ninhos; e a menor exposição solar, que interfere na termorregulação das tartarugas.

Uma das funções do parlamento estadual é fiscalizar ocorrências anormais no estado. Diante do atraso na desova, a CMA, solicitou que a Superintendência de Comunicação Social (Secom), redações do site e da TV Assembleia fosse ao Vale do Guaporé para verificar a situação.

“O nível do rio permanece elevado, impossibilitando o surgimento das praias onde tradicionalmente ocorre a reprodução da espécie. Essa realidade representa uma séria ameaça ao equilíbrio do ecossistema local e exige resposta rápida e coordenada das autoridades competentes. Reafirmamos nosso compromisso com a proteção das espécies ameaçadas e com a preservação de um símbolo do nosso estado e da Amazônia”, destacou Crispin.


Desova

Normalmente, a desova dessa espécie ocorre entre agosto e setembro. Contudo, o atraso registrado em 2024 se repete em 2025. A situação alerta para os impactos das queimadas, fumaça e mudanças climáticas nos ciclos reprodutivos desses animais. A esses fatores somam se as ameaças da caça predatória de tartarugas e a coleta de ovos, intensificando os riscos de sobrevivência da espécie.

O titular da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Marco Antônio Lagos, explicou que são realizadas campanhas anuais contra a caça e o consumo de animais silvestres, com ações educativas em escolas, associações e comunidades ribeirinhas.

Fonte: Assessoria/Alero




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