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POLÍTICA
CDH apura violações de direitos humanos em RO

Data da notícia: 2025-11-14 19:08:38
Foto: Tiago Rodrigues/Diário da Amazônia/Divulgação
A CDH apura a conduta de servidores da Funai e Ibama durante a retirada de produtores rurais em Alvorada D’Oeste

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal realizou, na quinta-feira (13), audiência pública em Rondônia e, na sequência, iniciou uma diligência externa nos municípios de Alvorada D’Oeste e no Distrito de Jaru-Uaru em Jaru.

Os parlamentares estiveram nas localidades para verificar denúncias de violações de direitos humanos, fundiárias e de gênero relacionadas às operações de desocupação de produtores rurais na região da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.

Após a audiência, a comitiva iniciou visitas às propriedades que foram alvo de operações recentes, onde houve destruição de casas, currais, plantações e bens de pequenos agricultores familiares.

As equipes também ouviram moradores, trabalhadores rurais, mulheres agricultoras, idosos e pessoas com deficiência que relatam violações de direitos durante ações de desintrusão.

Participam da diligência a presidenta da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos–DF), o autor do requerimento, senador Marcos Rogério (PL–RO), e o senador Jaime Bagattoli (PL–RO).

Também acompanham os trabalhos os deputados federais Fernando Máximo e Maurício de Carvalho, ambos do União Brasil), além dos deputados estaduais Ismael Crispin (MDB) e Laerte Gomes (PSD).

Na chegada à primeira etapa da diligência, a presidenta da CDH, Damares Alves afirmou que o objetivo da oitiva é ouvir todos os envolvidos e identificar possíveis violações de direitos humanos.

“Esta é uma diligência de escuta. Queremos ouvir as famílias, trabalhadores rurais, autoridades municipais e estaduais. Sabemos que, nas operações, houve crianças em pânico, idosos desesperados e pessoas com deficiência com direitos violados. O Estado precisa agir, mas preservando direitos”.

O senador Marcos Rogério reforçou que as denúncias recebidas pela CDH apontam para erros na delimitação de terra e para ações que atingiram famílias assentadas há décadas. “Aqui não se trata de invasão de terra indígena. As famílias têm títulos definitivos, escrituras públicas, foram assentadas pelo Incra. Houve erro na delimitação da reserva. As operações resultaram em destruição de propriedades e retirada de pessoas com décadas de ocupação legítima”, avaliou.

Fonte: Tudo Rondônia




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